Palavras do nosso pároco, Padre Manuel Correia Fernandes:
-"Ontem, dia 1 de abril, sem maldade nem engano, ao fim da tarde fui à igreja e, com espanto meu, a luz do sol que costuma iluminar o presbitério e o altar estava coada por uma nuvem que se levantava sobre o poente. O efeito era a projeção dos raios avermelhados sobre a cruz, que subiram desde o altar até quase ao cimo, porque entretanto se desvaneceram. Corri pela máquina e fiz várias fotos, que ficaram não tão bem como desejável, mas tal como foi possível na diferença de luminosidade.
Envio duas delas, juntamente com o Hino à Cruz, que costumamos cantar na Sexta Feira Santa. Já que não poderemos beijar esta cruz da igreja, que cada um o faça na que há dentro de si.
Milagre não terá sido, a não ser o milagre das coisas de todos os dias."
Aqui fica o texto:
Ó Cruz fiel
Ó Cruz fiel, árvore entre todas a mais nobre:
Nenhum bosque tal produz, em folhagem, flor e frutos
Doce lenho, doces cravos, doce peso sustentais.
Canta, ó língua, o glorioso combate de Cristo,
e proclama o nobre triunfo de que a cruz é trofeu:
a vitória conseguida pelo Redentor, vítima imolada para o mundo.
O Criador teve pena do primitivo casal,
que foi ferido de morte, comendo o fruto fatal,
e marcou logo outra árvore para curar-se do mal.
Glória e poder à Trindade, ao Pai e ao Filho louvor,
honra ao Espírito Santo, eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça e nos reuniu no amor!
(Hino para a Adoração da Cruz, em Sexta Feira Santa)
